Comunicar é uma oportunidade de ouro para criar impacto!

24 de Março, 2023

A comunicação desempenha um papel fundamental na forma como uma ligação se estabelece comigo e com os outros, e é vital para a evolução do homem como ser humano e cidadão.

No contexto em que o comunicador/falante entrega uma mensagem, pode ser bastante útil que a comunicação seja bidireccional, ou seja, que não termine com a emissão da mensagem, mas que continue com a interacção do receptor da mensagem, na forma como a recebe e interpreta. A partir desta interpretação vem o seu ponto de vista, que pode ou não concordar com o que está a ser partilhado.

Se para alguns oradores isto pode ser um factor de stress, na verdade pode ser acima de tudo, uma oportunidade de complementaridade entre as duas partes, o que pode tanto enriquecer a entrega do conteúdo como promover a partilha.

Para este conteúdo, que é sem dúvida algo importante a apresentar num discurso, a forma como é apresentado terá um impacto tremendo no contexto de como é recebido, lembrado e levado à prática diária pela audiência.

 "Aprendi que as pessoas esquecerão o que disseste e o que fizeste, mas nunca esquecerão como os fizeste sentir".

    Maya Angelou                               

A seguir, na forma como o orador expõe a sua mensagem há algumas características/espectos importantes, que podem ter um impacto positivo na forma como a comunicação flui e é sentida, tanto para o orador como para a audiência:

 

  1. Tolerância e Abertura

O público deve sentir que é ouvido e compreendido, sem sentir que, discordando, pode ser julgado. Com tolerância e abertura, a predisposição para a interacção entre o público e o orador para enriquecer a comunicação é, sem dúvida, elevada.

 

"Para comunicar eficazmente, temos de perceber que somos todos diferentes na forma como percebemos o mundo e usamos esse conhecimento como um guia para comunicar com os outros".

Tony Robbins                              

 

  1. Clareza

Não só na estrutura e linguagem utilizadas, mas sobretudo na forma como o conteúdo é adaptado a esse público específico.

A utilização da linguagem dos que estão à nossa frente irá sem dúvida cativar e fazê-los sentir que são uma parte integrante e que, de facto, o que está a ser transmitido pode ser útil nas suas vidas.

 "Se falar com um homem numa língua que ele compreenda, isso entra-lhe na cabeça. Se falar com ele na sua própria língua, alcança o seu coração".

Nelson Mandela                             

 3. Empatia

Importante em qualquer contexto, mas especialmente útil em situações em que a mensagem transmitida não é aceite, e é mesmo contraditória, muitas vezes com exemplos concretos da experiência do público.

A primeira sugestão é: não fique na defensiva.

Haverá sempre pessoas que não estão alinhadas connosco, neste caso particular com o que estamos a transmitir, muitas vezes a diferença é que umas falarão e outras não.

Portanto, estar preparado para estas situações e responder assertivamente pode ser dois trunfos úteis, tendo sempre em mente que todos têm o direito de expressar a sua forma específica de "ver e sentir o mundo" e que esta deve ser respeitada.

Colocarmo-nos no lugar do outro, como a empatia nos convida a fazer, torna muito mais fácil lidar com estas situações. Afinal, por detrás dessa partilha pode haver emoções e experiências desconhecidas para o orador.

 "Ser empático é ver o mundo através dos olhos do outro e não ver o nosso mundo reflectido nos seus olhos".

Carl Rogers                                 

 4. Ouvir activamente

O papel da escuta activa é um dos mais importantes quando se trata de comunicação.

Ouvir para compreender e não para responder é a chave que abre harmoniosamente a porta a uma interacção saudável, feliz e fluida entre o orador e a audiência.

 "Temos dois ouvidos e uma boca para podermos ouvir duas vezes mais do que falar".

provérbio chinês                            

 

A natureza é sábia, não é? ;)

  1. Vulnerabilidade

Substituir a perfeição pela espontaneidade na comunicação pode parecer arriscado, ou mesmo inútil, para alguns. Se este for o seu caso, convido-o a praticar.

Muitas vezes o que nos faz procurar uma comunicação eficaz e perfeita é a necessidade que temos de pertencer, integração, sucesso, satisfação, entre outros.

E este enfoque, por vezes excessivo, no outro pode causar a perda da nossa essência, e é precisamente isto que nos permite diferenciarmo-nos de uma forma única, de todos os outros comunicadores que existem e que, muitas vezes, abordam o(s) mesmo(s) tópico(s) que nós fazemos.

Pode ser muito empoderador permitir que essa comunicação nos represente verdadeiramente, ou seja, demonstrar o nosso potencial, as nossas características individuais, os nossos pontos positivos, e, claro, alguns aspectos que precisamos de melhorar também estarão presentes.

Afinal de contas, somos seres humanos: perfeitos com toda a nossa imperfeição.

Os comunicadores que se abrem à vulnerabilidade relatam que o envolvimento com a audiência é ainda mais genuíno e que o momento se torna muito mais leve, permitindo-lhes desfrutar da experiência (ainda mais) e torná-la um momento de verdadeira partilha.

 "É preciso coragem para ser imperfeito".

Brené Brown                                 

 

  1. Entusiasmo e Alinhamento

Entusiasmo e alinhamento são dois pilares muito importantes para uma comunicação feliz e impactante.

Transmitir paixão na forma como se comunica transforma e reforça a mensagem transmitida de forma exponencial, cativando, quase imediata e constantemente, a atenção do público.

Combinar este entusiasmo com o alinhamento entre o que se sente, pensa e faz (fala) na mensagem que está a ser transmitida, é reforçar a comunicação a um nível universal. Na ausência deste alinhamento, a comunicação pode ficar comprometida e criar ruído, mesmo que seja difícil colocar em palavras a(s) razão(ões).

 

"A felicidade é quando o que se pensa, o que se diz, e o que se faz está em harmonia".

Mahatma Gandhi                             

 

A comunicação destina-se a ser feliz, certo? ;)

 No papel de comunicador/orator (de facto, em qualquer outro contexto da nossa Vida) pode ser útil ter em mente:

Haverá momentos mais desafiantes?

Claro que há!

Podem também ser oportunidades de aprendizagem? Claro que sim!

Comunique com a sua mente... e também com o seu coração!

Tudo correrá bem :)

 

Paula Duarte

Promotor da Felicidade Humana

www.paula-duarte.com